Não atravesses o meu coração a pé.
Peço-te que venhas num barco a remos.
Deixa a âncora no ventrículo esquerdo,
fundeia um mastro, no ventrículo direito.
Esculpe nele o teu nome e o meu.
Abre nas minhas veias o nosso céu.
Ando obesa de tanto te pensar.
No meu sangue coalham saudades tuas,
já fiz submergir o lodo das amarguras,
já encontrei o destino onde te desaguar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário